domingo, 30 de dezembro de 2012

terça-feira, 19 de junho de 2012

Breve resenha do nascimento do Liceu de Beja, extraída do portefólio da Área de Projecto por alunos deste estabelecimento de ensino.

Não há nenhum documento que indique a exacta fundação do liceu. No entanto, segundo outros documentos, estes apontam para a abertura do liceu no ano de 1852.
Através do tempo, o Liceu, conheceu várias instalações: a primeira foi (em 1852) no Antigo Paço Episcopal; em 1863, foi autorizado o arrendamento do andar superior no Palacete no Terreiro de S. Tiago; depois, em 1870, nova mudança para a Casa da Porta de Ferro (na Rua Esquível); em 1905 vai para a Praça da República; e só em 1937, com inauguração a 20 de Julho, em edifício próprio e novo, instala-se o actual Liceu.

A data de 1870 foi um marco importante, pois foi nessa data que os estudantes do Liceu começaram a usar traje académico.
Os problemas culturais eram uma preocupação constante das gerações, mas nem só os problemas inerentes à cultura ocupavam os alunos. Estes, também, procuravam criar determinados costumes, conhecidos vulgarmente pela designação de praxe académica (que consistia em fazer coroas, baptizar os caloiros e fazer uma pequena maratona em redor do Liceu).
O sentido de solidariedade, na altura, unia os estudantes. Dessa união resultava a Academia (associação académica).
Mas Salazar, ao criar a “Mocidade Portuguesa” extinguiu as Academias e, em simultâneo, observava-se à degradação dos costumes académicos.

“Não há Academia; não há capa e batina, logo não há praxe.”
A propósito do nosso almoço-convívio, em Fernão Ferro, solicitou-me o nosso colega Manuel Dias Horta a publicação, nesta página, do texto e do poema a seguir:

"Meu Alentejo-Poema"

Ai que saudade, eu tenho da minha juventude
No Liceu, passada entre gente de virtude.

Num destes últimos sábados dum sorridente (para poucos!) mês de Maio e próximo dum local onde o mar vem beijar a terra, realizou-se um almoço-convívio dao antigos alunos do Liceu de Beja. Depois de repetidos beijos e efusivos abraços, embarcámos por uma daquelas viagens que o director deste jornal, encantadoramente, já descreveu no prefácio de determinado livro.
Nestas viagens, sempre com a saudade ao leme e o poço da memória destapado, procura-se o infinito, o longínquo ou o improvável, talvez.

E foi num momento de transbordo que Maria de Fátima Mendonça nos deu a conhecer o seu livro de poemas, para o qual escolheu a palavra "Alentejo", que o preenche da primeira à última página.
Na magia das palavras, no sublime de um verso, no encanto do poema, o poeta (nesta caso a poetisa), canta a terra bendita, o Alentejo de Fialho, de Torga, de Régio, de Florbela e agora, também de Maria de Fátima Mendonça.

Vou deixá-lo, leitor, com o fascínio de uma quadra e duma sextilha que a poetisa tributa à sua terra amada:
 



"Meu Alentejo-semente
Poema de mar sem fim
Tão real, sempre presente
Vivendo dentro de mim...

Abraço de terra e mar,
Beijo em seio da Natureza,
Bago-místico-ouro-gema...
Só Deus te pôde inventar,
Meu Alentejo-surpresa,
Meu Alentejo-poema!..."

Beja, 30-05-2012
Manuel Dias Horta

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Almoço anual-2012

O núcleo de Lisboa da Associação dos Antigos Alunos do Liceu de Beja leva a efeito mais um almoço de confraternização dos antigos alunos daquele estabelecimento de ensino.
Este ano o repasto será no dia 26 de Maio, no restaurante Flor da Mata, na estrada para Sesimbra, antes de Fernão Ferro, frente às bombas da BP com estacionamento. O preço é 35 euros por pessoa.
 
Porque não consta no programa enviado, mas certamente será útil, aqui vos indico os mails de quem recebe inscrições:




"Almerinda Maria Ramalhosa" ramalhosa.almerinda@gmail.com;

"Lourdes Camacho" lourdes.camacho37@gmail.com

"José Piçarra Santos Soares"j.picarra.soares@gmail.com;

Agradece-se a divulgação desta mensagem junto dos antigos colegas, nas páginas do Facebook e outras, para que a animação ainda seja maior.

sábado, 31 de março de 2012

História do nascimento do Liceu de Beja

Em 15 de Abril de 1950, em sessão solene integrada nas actividades da I Festa dos Antigos Alunos do Liceu de Beja, o Dr. Almeida Neves, Reitor do Liceu, proferiu uma conferência sobre a história deste estabelecimento de ensino.
Segundo o orador, sabe-se por um Relatório apresentado ao Conselho Superior de Instrução Pública, em 2 de Dezembro de 1845 que estavam então constituídos os Liceus de Lisboa, Porto, Coimbra, Évora e Braga. Outro Relatório, de 28 de Dezembro de 1848 informa que além desses cinco, estavam criados mais os de Santarém, Viseu, Angra e Funchal e os de Portalegre, Castelo Branco e Leiria apenas aguardavam edifícios mas os seus professores já davam as lições nas respectivas residências.
No Relatório de 1850/51 afirmava-se que todos os liceus, menos os de Aveiro e Vila Real, estavam instalados em edifícios públicos.
O Reitor Almeida Neves coloca, então, a hipótese de poder ser o ano lectivo de 1848/49, o ano de fundação do Liceu de Beja. Apesar de, segundo ainda o mesmo autor, as fontes mais antigas que provam a existência do liceu serem um livro com os resultados de exames, cujo termo de abertura é de 24 de Setembro de 1852, sendo o primeiro terno de exames de 9 de Outubro; um livro de matrículas com o termo de abertura de 25 de Setembro e a primeira matrícula em 19 de Outubro; um livro de receitas e despesas com o termo de abertura de 3 de Junho de 1853 mas que apresenta um lançamento de despesa de Agosto de 1852, conclui depois que o reduzido número de alunos em 1852/53 e o rápido aumento da frequência nos anos que imediatamente se seguiram, parece indicar que o liceu foi criado nesse ano, embora se possa admitir que já tivesse havido matrículas em anos anteriores. Nesse caso, porém, é de estranhar que não existisse nenhum livro de matrículas ou de termos anteriores de 1852. Remata então o Reitor:
“Parece, pois concluir-se, com relativa segurança, que o liceu de Beja iniciou o seu funcionamento na data citada”, em 1852, portanto.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Obituário-Álvaro Afonso Henriques

Perdemos mais um grande amigo, colaborador entusiástico do núcleo da nossa Associação em Lisboa, e participante activo das "brincadeiras" pseudo-teatrais que os nossos amigos faziam nos almoços de confraternização em Lisboa e nas tardes culturais das "festas do Galo" em Beja.

Álvaro Afonso Oliveira Henriques- um exemplo que não podemos esquecer se queremos perpetuar esta tradição tão secular mas tão significativa das amizades de infância e do intercâmbio das sucessivas gerações que passaram pelo Liceu de Beja.

Afonso Henriques, sempre!

O Presidente da Associação em exercício,

João Mimoso Fernandes

quinta-feira, 8 de março de 2012

Obituário-Francisco Marujo Açucena

Faleceu um amigo da "Festa do Galo". Convivi com ele pela primeira vez na III Festa do Galo, efectuada em Abril de 1966. Desde aí tivemos sempre uma relação de sã camaradagem. Francisco Açucena era a personificação do verdadeiro alentejano, de resposta pronta e com graça, no entanto, não era fácil ao riso. Ele própria brincava com sua deficiência física. 

Conta-se que, ainda estudante de medicina, curso que não concluiu, e fazendo parte de uma peça de teatro da faculdade, ofereceu uma bilhete para um espectáculo à dona da casa onde estava hospedado ao qual a mesma assistiu. Um dia depois a senhora elogiou a participação do inquilino estudante dizendo que o papel de coxo foi muito bem representado, ao que ele respondeu "Eu sou mesmo coxo, porra". 

Era a pessoa sempre indicada para coordenar os actores nas récitas das "Festas" divertindo-se e fazendo divertir os pseudo actores. Nos os últimos anos a sua saúde e a dificuldade de movimentação não lhe permitiram dar a colaboração que ele desejaria.

Onde quer que esteja, decerto olhará para nós com a bonomia e o sorriso disfarçado que o caracterizava.

Até sempre amigo Chico Açucena.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Balancete de 2011



Aproveito este meio tecnológico para divulgar os resultados do exercício do ano 2011.









































































DISCRIMINAÇÃORECEITA                  DESPESA
Custos de Acção Social:

Subsídio a estudantes-propinas
600,00
Custos e Perdas Financeiros:

Comissão de manutenção de conta
7,80



Fornecimento e Serviços Externos:

Imposto de selo-cheques
0,50
Livro de cheques
5,46
Custos e Perdas Extraordinários:

Apartado
30,75
Flores
120,00
Sede-fechadura
101,59
Vários
2.888,78
Proveitos  e Ganhos Financeiros:

Juros de depósitos a prazo17,06
Devolução de propina200,00
Devolução de comissão de manutenção de conta7,80
Outros proveitos e Ganhos Operacionais:

Donativo95,00
Vários4.450,00
Quotização1.565,00
Saldo de depósito à ordem843,12
Saldo de depósito a prazo 7.991,79










15.169,773.754,88



Saldo acum.em dep. à ordem (31.12-2011) - € 3.423,1011.414,89
Saldo acum.em dep. a prazo  (31.12-2011) - € 7.991,79




15.169,7715.169,77