domingo, 15 de novembro de 2009

POEMA - O LICEU

Recebi, há dias, um poema do nosso colega Manuel Dias Horta, o qual transcrevo a seguir:

O LICEU

Passa o tempo com naturalidade
Deixa a amizade e a saudade
Ainda ontem o liceu
Mocidade generosa
Ingénua e airosa
Tempo que não esqueceu
..
Idade de mil sonhos
Amores, desamores e loucura
Tempo de futuros risonhos
Para tudo havia uma jura
Moças e moços separados
Por contínuos vigiados
Regulamentos de outrora
Geração de sessenta
Que a mudança fomenta
Regulamentos que deitará fora
..
Ver as moças entrar
De manhã ao portão
Com elas ao menos falar
Mesmo que seja com moderação
Atrevimento próprio da idade
Passeava-se com as moças na cidade
Aproveitamento umas vezes bom outras não
Professores que eram doutores
A maior parte sabedores
Pelo que nos ensinaram, gratidão
..
Ser finalista era uma meta
Talvez o melhor ano do liceu
Depois outra vida se enceta
Só a recordação permaneceu
Mocidade, juventude, pura ilusão
Os moços para a guerra vão
Uma nova condição aparece
Só por quem lá passou
Mais a saudade que cá deixou
Com o tempo tudo esmorece
..
Pelo país se espalharam
Onde fosse maior a ambição
Outros, por cá ficaram
As coisas assim calharam
Por ano uma reunião
Onde muitos já faltarão
Dos que mais cedo abalaram
Permitam-me a evocação
O António João e o Simão
Homens e amigos d'eleição
..
Quem pelo liceu passou
Pedaços da vida lá deixou
A ser homens e mulheres lá começaram
Local de ensino e virtudes
Utopias de juventudes
Que tantos sonhos abrigaram
..
Beja, 2009.09.02
M.D. Horta

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Almoço de Confraternização no Parque das Nações em 8 de Maio de 2004

Como os convívios são uma das nossas mais consistentes realizações, fruto do empenho do núcleo de Lisboa, resolvi deixar aqui um conjunto de imagens vivas que eu desconhecia terem alguma antiguidade e que me dão especial prazer, uma vez que nelas consta o Heitor Fragoso (nos meus tempos de Liceu com a alcunha do"Talha Burros") que me fez a coroa quando entrei para o Liceu (Outubro de 1957) e com o qual cresci no meu bairro.

domingo, 31 de maio de 2009

Almoço de Confraternização

Como era esperado, realizou-se o almoço de confraternização dos antigos alunos do Liceu de Beja no passado dia 16, no restaurante FIL, no Parque das Nações em Lisboa, promovido pelo núcleo de Lisboa da nossa Associação. Beja fez-se representar por um grupo um pouco mais numeroso que em anos anteriores. Vamos ver se futuramente essa adesão aumenta mais e desejar que a gente nova comece a aparecer.

O sol mostrou-se à partida na cidade de Beja, mas na chegada ao Parque das Nações estava bem escondido. Todavia, a manhã estava com uma temperatura amena. Depois de passadas duas horas na esplanada, onde tomámos uma retemperadora "bica", partimos ao encontro do resto do pessoal, o qual foi chegando a conta-gotas e que, à hora marcada, já enchia o recinto do repasto. Contra as expectativas, o número de presentes foi superior pelo que houve necessidade de utilizar mais duas mesas para sentar os que não tinham lugar.O almoço decorreu sem mais acidentes de percurso e em amena cavaqueira. Depois houve os momentos de diversão, com os mais habilitados a mostrarem os seus dotes.
















Pelas 18 horas começou a processar-se a debandada, isto porque o caminho para Beja estava à nossa espera e previamente pago. Com um "até pró ano" nos despedímos entre beijos e abraços.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Almoço 2009

Amanhã, dia 16 de Maio, realiza-se mais um almoço de confraternização dos antigos alunos do Liceu de Beja, iniciativa do núcleo de Lisboa. A paparoca vai ser servida no Restaurante FIL, no Parque das Nações. Como sempre, esperamos que haja muita animação e muitas presenças; eu, pela minha parte, fiz a divulgação possível através dos meios informáticos e de viva-voz.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

IDEIA ERRADA

Muitos dos nossos associados criaram a ideia errada de que o objectivo primeiro da nossa Associação é promover eventos de carácter lúdico como a "Festa do Galo". Tal não é verdade. Aquele acontecimento que, de cinco em cinco anos, marca as nossas vidas é, para além do aspecto lúdico e da confraternização, o meio necessário para se obter o proveito material para garantir a existência da mesma associação, permitindo-lhe dar cumprimento aos estatutos, os quais determinam a ajuda monetária a estudantes carenciados.
Nos últimos anos tem havido um decréscimo das receitas obtidas, chegando mesmo ao ponto de a última Festa (2005) ter existido um saldo negativo de €-632,46.
Os tempos em que tudo se fazia gratuitamente são pertença do passado. Hoje tudo é pago, ninguém é solidário. Cada ano que passa vejo com mais apreensão o futuro desta organização. O dirigismo associativo está pelas ruas da amargura. Ninguém quer ser dirigente ou assumir a mais pequena responsabilidade. A actual direcção já está em funções há mais de 15 anos e dois em situação interina. Isto não pode continuar assim. Alguém mais novo terá que tomar conta do leme.
Hoje fico-me por aqui.