quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Carta da Nazaré Leitão


Beja, 05 de Outubro de 2011

Meus colegas, meus amigos

Alguns de vocês já passaram infelizmente, pela dor profunda que sinto.
Como colegas de longa data, todos sabem o quanto o João preenchia a minha vida e eu a dele. Mas, o meu João partiu para o Céu.
Não há palavras que possam exprimir o que é para mim a ausência física do João, já que em espírito ele está comigo, ele continua vivo.
Na nossa campa, onde já guardo os seus restos mortais, diz:
“A vida dos mortos está na memória dos vivos”.
Era assim que o João e eu pensávamos. É deste modo que eu quero continuar a viver os dias em que permanecer pela terra.
A “família” era o seu lema e nesta palavra englobava não só os laços de sangue mas também aqueles que se constroem ao longo de uma vida. Vocês faziam e fazem parte desses.
O meu bem-haja a todos aqueles que viveram connosco momentos felizes, mas que também exprimiram o vosso carinho e apoio nos tempos mais cruéis da nossa vida: a doença e morte do João.
Esteja onde estiver, ele ficará eternamente no nosso pensamento, à semelhança dos outros colegas que também já partiram.
Ela era um homem bom, não é necessário dar-lhe outros atributos.
Colaborou, desde sempre, nos eventos ligados ao Liceu de Beja, A sua capa de estudante, que tantas vezes esvoaçou por essa escola e cidade, de que tanto gostava, cobre agora a sua urna. O seu testemunho de aluno e ex-aluno do Liceu não pode desaparecer.
Estou aqui meus colegas e amigos para continuar a nossa colaboração com a Associação dos Antigos Alunos do Liceu de Beja.
Contem comigo no que for necessário.
Nazaré Leitão.

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