terça-feira, 19 de junho de 2012

A propósito do nosso almoço-convívio, em Fernão Ferro, solicitou-me o nosso colega Manuel Dias Horta a publicação, nesta página, do texto e do poema a seguir:

"Meu Alentejo-Poema"

Ai que saudade, eu tenho da minha juventude
No Liceu, passada entre gente de virtude.

Num destes últimos sábados dum sorridente (para poucos!) mês de Maio e próximo dum local onde o mar vem beijar a terra, realizou-se um almoço-convívio dao antigos alunos do Liceu de Beja. Depois de repetidos beijos e efusivos abraços, embarcámos por uma daquelas viagens que o director deste jornal, encantadoramente, já descreveu no prefácio de determinado livro.
Nestas viagens, sempre com a saudade ao leme e o poço da memória destapado, procura-se o infinito, o longínquo ou o improvável, talvez.

E foi num momento de transbordo que Maria de Fátima Mendonça nos deu a conhecer o seu livro de poemas, para o qual escolheu a palavra "Alentejo", que o preenche da primeira à última página.
Na magia das palavras, no sublime de um verso, no encanto do poema, o poeta (nesta caso a poetisa), canta a terra bendita, o Alentejo de Fialho, de Torga, de Régio, de Florbela e agora, também de Maria de Fátima Mendonça.

Vou deixá-lo, leitor, com o fascínio de uma quadra e duma sextilha que a poetisa tributa à sua terra amada:
 



"Meu Alentejo-semente
Poema de mar sem fim
Tão real, sempre presente
Vivendo dentro de mim...

Abraço de terra e mar,
Beijo em seio da Natureza,
Bago-místico-ouro-gema...
Só Deus te pôde inventar,
Meu Alentejo-surpresa,
Meu Alentejo-poema!..."

Beja, 30-05-2012
Manuel Dias Horta

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