A propósito do nosso almoço-convívio, em Fernão Ferro, solicitou-me o nosso colega Manuel Dias Horta a publicação, nesta página, do texto e do poema a seguir:
"Meu Alentejo-Poema"
Ai que saudade, eu tenho da minha juventude
No Liceu, passada entre gente de virtude.
Num destes últimos sábados dum sorridente (para poucos!) mês de Maio e
próximo dum local onde o mar vem beijar a terra, realizou-se um
almoço-convívio dao antigos alunos do Liceu de Beja. Depois de repetidos
beijos e efusivos abraços, embarcámos por uma daquelas viagens que o
director deste jornal, encantadoramente, já descreveu no prefácio de
determinado livro.
Nestas viagens, sempre com a saudade ao leme e o
poço da memória destapado, procura-se o infinito, o longínquo ou o
improvável, talvez.
E foi num momento de transbordo que Maria
de Fátima Mendonça nos deu a conhecer o seu livro de poemas, para o
qual escolheu a palavra "Alentejo", que o preenche da primeira à última
página.
Na magia das palavras, no sublime de um verso, no encanto do
poema, o poeta (nesta caso a poetisa), canta a terra bendita, o
Alentejo de Fialho, de Torga, de Régio, de Florbela e agora, também de
Maria de Fátima Mendonça.
Vou deixá-lo, leitor, com o fascínio de uma quadra e duma sextilha que a poetisa tributa à sua terra amada:
"Meu Alentejo-semente
Poema de mar sem fim
Tão real, sempre presente
Vivendo dentro de mim...
Abraço de terra e mar,
Beijo em seio da Natureza,
Bago-místico-ouro-gema...
Só Deus te pôde inventar,
Meu Alentejo-surpresa,
Meu Alentejo-poema!..."
Beja, 30-05-2012
Manuel Dias Horta
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