terça-feira, 25 de outubro de 2011

ALMOÇO DE CONFRATERNIZAÇÃO-22 OUT 2011

Depois de algumas canseiras, lá conseguimos levar por diante o nosso almoço-convívio.

O sol começou a iluminar um dia que foi sempre pleno de alegria e emoções.

Quanto ao repasto propriamente dito, mostrou quantidade e qualidade. Foi pena algum atraso na hora de servir. É um problema de que Direcção se penitencia, mas assume. Apenas ouvi 2 vozes reclamantes, o que nos deixa ainda mais orgulhosos se tivermos em conta que estiveram presente 175 pessoas. Após o repasto houve cantoria e declamação a cargo de colegas. Lamento não ter tido condições vocais para dar o meu singelo contributo. Ainda estou com o problema por resolver, apesar dos medicamentos e das mezinhas caseiras.


Já passava das onze horas da noite quando deixámos a "Casa Amarela". Para o próximo ano, que apareçam os mesmos e muitos mais.




quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Carta da Nazaré Leitão


Beja, 05 de Outubro de 2011

Meus colegas, meus amigos

Alguns de vocês já passaram infelizmente, pela dor profunda que sinto.
Como colegas de longa data, todos sabem o quanto o João preenchia a minha vida e eu a dele. Mas, o meu João partiu para o Céu.
Não há palavras que possam exprimir o que é para mim a ausência física do João, já que em espírito ele está comigo, ele continua vivo.
Na nossa campa, onde já guardo os seus restos mortais, diz:
“A vida dos mortos está na memória dos vivos”.
Era assim que o João e eu pensávamos. É deste modo que eu quero continuar a viver os dias em que permanecer pela terra.
A “família” era o seu lema e nesta palavra englobava não só os laços de sangue mas também aqueles que se constroem ao longo de uma vida. Vocês faziam e fazem parte desses.
O meu bem-haja a todos aqueles que viveram connosco momentos felizes, mas que também exprimiram o vosso carinho e apoio nos tempos mais cruéis da nossa vida: a doença e morte do João.
Esteja onde estiver, ele ficará eternamente no nosso pensamento, à semelhança dos outros colegas que também já partiram.
Ela era um homem bom, não é necessário dar-lhe outros atributos.
Colaborou, desde sempre, nos eventos ligados ao Liceu de Beja, A sua capa de estudante, que tantas vezes esvoaçou por essa escola e cidade, de que tanto gostava, cobre agora a sua urna. O seu testemunho de aluno e ex-aluno do Liceu não pode desaparecer.
Estou aqui meus colegas e amigos para continuar a nossa colaboração com a Associação dos Antigos Alunos do Liceu de Beja.
Contem comigo no que for necessário.
Nazaré Leitão.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Manuel dos Santos Nicolau

Navegando na Net descobri uma foto do Manuel  dos Santos Nicolau, para nós, amigos e colegas do Liceu, era o Nicolau. Não resisti em publicar o endereço da página da WIKIPEDIA onde consta a sua biografia. Ele que nos deixou em 2007 será perpetuado através deste meio virtual.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_dos_Santos_Nicolau

sábado, 8 de outubro de 2011

Poema "Saudade"


SAUDADE

Mandei recado pelo vento que passa
Convidei a amizade
Publiquei na praça
Este encontro com a saudade

Aos que já cá não estão
Rezei, em silêncio, uma oração
Lembro-me deles com frequência
Era grande a convivência

E, tu, saudade, relicário da humanidade, guarda bem, bem
 guardado, os sonhos, as paixões e as ilusões
De quem por esta casa tenha passado

Meus versos não têm grande ornamentação
Que mais queríeis vós de um poeta de ocasião!?.

Beja,2011-09-26

Manuel Dias Horta

Poema "Saudade II"

Do nosso estimado colega e amigo, Manuel Dias Horta, ofereço-lhes este bonito poema. Quem terá coragem de lê-lo no nosso almoço, no próximo dia 22?


SAUDADE II

Alunos, professores e doutores
Naqueles extensos corredores
Uma bata branca bem engomada
Uma batina e capa já lustrada

Gira a Terra,
Gira o Mundo
Fazem os homens a guerra
Por erros de fundo.

Como o tempo passa!?
Ontem invejada pela beleza, que tinha
Hoje dedicada avozinha.

Uma breve paixão!?
Ou uma séria declaração!?
Os tempos o dirão.

04-10-2011                                              Manuel Dias Horta

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

ALMOÇO-CONVÍVIO

Almoço convívio da Associação dos Antigos Alunos do Liceu de Beja

A Associação dos Antigos Alunos do Liceu de Beja vai realizar um almoço de confraternização no dia 22 de Outubro próximo.

O evento terá lugar no pátio coberto do Liceu. O preço será de € 25 (vinte e cinco euros) por pessoa, sendo o pagamento feito através de cheque a enviar para Associação dos Antigos Alunos do Liceu de Beja, Apartado 477 – 7800 BEJA.

As inscrições encerram, impreterivelmente, no dia 15 de Outubro e poderão ser feitas através dos seguintes contactos:

João A. M. B. Fernandes    Aníbal Fernandes     Maria Natércia Espinho
Tel  284 324 582                    Tel  284 083 514            Tel  284 323 500
TM 968 395 611                    TM 965 353 266            TM  933 264 315

O programa será o seguinte:
- às 11H30 – Recepção no Hall do Liceu
- segue-se visita guiada ao Liceu renovado
- às 13H00 – almoço cuja emente será composta por:
* Aperitivos c/ entrada e bebida volante
* Sopa
* Cozido de grão
* Salada de frutas
* Café
* Doce
* Digestivo
- Após o almoço, convívio (fados e outros cantares)

Não faltes!

Saudações liceais.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

O relógio do Liceu

O relógio do Liceu, que terá tantos anos de vida como o próprio edifício, foi sempre motivo de alguma "chacota" por parte de algumas pessoas mais observadoras e com algum espírito crítico, e isto porque em todo o seu tempo de vida raramente cumpriu a função para que foi criado, dar horas certas.

Com as recentes obras de ampliação e restauro do edifício aguardava-se que o velhinho relógio, finalmente, cumprisse a sua missão. Puro engano. Ali está ele de cara lavada mas "horas certas", vistes-las.

sábado, 25 de junho de 2011

Como era a Festa do Galo há mais de 89 anos

Do Diário de Notícias, de 3 de Abril de 1922, sob o título «Em Beja. Uma festa de estudantes, que se populariza, ganhando tradição» 
 A mocidade estudiosa do liceu desta cidade levou a efeito, numa destas noites, em inofensiva esturdia, a tradicional "Festa do Galo", tendo percorrido as ruas da cidade num luzido e pitoresco cortejo, para cujo brilhantismo concorreu uma banda de música expressamente contratada e ao qual não faltou o concurso, por dever de ofício, da cavalaria da G. N. R.
  Tem já a festa as suas tradições, e a sua origem vem de uma aventura em que, há anos, alguns académicos se meteram, e da qual resultou irem para a esquadra de polícia acompanhados de um soberbo galo, sultão de certa capoeira e pouco antes sequestrado ao convívio de quantas dilectas galinhas que constituíam o seu harém.
 «Na esquadra os zelosos cívicos queriam, à viva força, que o emplumado Chantecler voltasse, qual filho pródigo, ao poleiro de que havia sido destituído; mas a 'briosa' quis sustentar  o seu  capricho  e a  policia só pôde  verificar, passadas algumas  horas,  que o vespertino despertador, após morte violenta, dera a alma 'à criação' e só lhe restava, como sucedeu, temperar a mais suculenta canja de que havia memória nos anais das patuscadas alegres da academia de Beja, a qual lhe prestou, como era de esperar, as devidas honras..., 'de caixão à cova'.
  É este o acontecimento que se soleniza todos os anos, na noite do aniversário da 'captura' do primeiro galo; e para que a festa seja, quanto possível, a fiel reprodução da tragédia original, todos os anos os nossos académicos nas proximidades da patuscada, armam em 'verdadeiro terror' de todas as capoeiras.
  O cortejo forma-se em frente do liceu, e os lençóis da cama de cada qual constituem o típico 'travesti' de quantos estudantes naquele se incorporam, uns a pé, outros montados em jumentos; e enquanto a artilharia troa e a banda de música executa a mais fúnebre de todas as marchas graves, a 'vítima', imolada à capoeira menos vigiada, segue pachorrentamente ao colo de um estudante eleito, este em cima de uma padiola conduzida por outros académicos e iluminada a lavareda encarniçada de alcatroados archotes.
 E o cortejo lá segue; funéreo no feérico do seu aspecto, alacre de mocidade, entre alas e acompanhado duma enorme massa de povo até vir debandar, novamente, na Praça da República, junto do liceu, onde, duma tribuna previamente ali erguida, vários oradores, inscritos e não inscritos, dão largas à sua alegre loquacidade, engendrando os mais alegres disparates sobre o 'tema' da sua festa.
  Brincadeira inofensiva é esta, verdade, em que duas vítimas há apenas a registar - o galo e a pessoa que ficou sem ele; mas enquanto a mocidade assim se diverte, não há receio de que ela enverede por outros caminhos que lhe podem ser prejudiciais.
  E tão popularizada ela está que, este ano, apesar de ser feita sob chuva, se lhe associaram mais de mil pessoas, sendo vulgar encher-se totalmente a Praça da República nos anos em que se realiza com bom tempo.»

segunda-feira, 6 de junho de 2011

ALMOÇO DE CONFRATERNIZAÇÃO (14-05-2011)

Há já vários anos que não pisava o solo da Casa do Alentejo. No passado dia 14 de Maio tive a oportunidade de reapreciar aquele belo palácio que é sede daquela velha agremiação dos alentejanos que vivem e labutam em Lisboa. A razão desta visita foi o almoço que, anualmente, reúne os antigos alunos do Liceu de Beja.

Foi bom voltar a ver colegas que não são assíduos neste evento. Tirámos muitas fotos, houve música para motivar um pezinho de dança e ainda ouvimos o Zé Leão, sempre disponível para interpretar as suas "rancheras" e latino-americanas.
Do evento deixo-vos aqui algumas fotos e um "até para o ano" ou até Outubro, cá no nosso burgo.


quarta-feira, 2 de março de 2011

POEMA "ESTA CASA"

Há muito que pensava transcrever este poema. Ele aqui está:

ESTA CASA

Se o mais certo é ninguém ser eterno,
há alguém que detém a certeza
que é do velho que vem o moderno,
que a raiz é que rasga a dureza.

Esta casa com século e meio
e que veio de outras casas comprova
que viver é não ter o receio
de fazer por se ser sempre nova.

Apegados ao tempo sem pausas,
do presente fazemos presente
a esta casa de casas e causas,
esta casa por causa da gente.

Tanta gente com nome guardado,
sem renome ou com nome obscuro
nesta casa que vem do passado
com o sonho apontado ao futuro!

Habitantes do tempo e do espaço
e do amor que esta casa nos deu,
ao subirmos da terra ao terraço
atingimos a raia do céu.

E se ao céu não se sobe num salto,
estamos longe dos astros, porém
não fugimos do céu por ser alto,
aprendemos os astros que tem.

Apoiados na força que vem
de uma 1uz que mantemos acesa,
a aprender aprendemos também
que aprender é ganhar a surpresa.

Se o presente se torna passado,
tanto quanto a memória consente
aqui estamos no tempo aprazado
a fazer o passado presente.

Beja, 4 de Maio de 2003
Martinho Marques

Autor: Martinho Marques (Antigo aluno e professor aposentado da Escola Secundária Diogo de Gouveia).

Poema lido pelo autor na comemoração dos 150 anos do Liceu de Beja na presença do Sr. Ministro da Educação, Dr. José David Gomes Justino

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

LICEU DE BEJA "ESCONDIA" NECRÓPOLE ISLÂMICA

É este o título que encima um artigo publicado no dia 18 do corrente mês de Fevereiro pelo "Diário do Alentejo".
 Com efeito, eu próprio pude verificar no local a existência de várias ossadas completas. Diz o artigo que já foram encontrados 250 esqueletos correspondentes a indivíduos de ambos os sexos, na maioria adultos e atribuíveis ao período islâmico.
Segundo a coordenadora dos trabalhos arqueológicos, esta necrópole é, certamente, uma das maiores encontradas no País, acrescentando que são várias as áreas intervencionadas, quer no exterior, quer no interior do edifício, sendo os vestígios da necrópole aqueles que "mais saltam à vista". Os trabalhos de escavação não devem ir para além da área afectada pelas obras, mas suspeita-se que existam mais esqueletos por descobrir. Os esqueletos ficarão em depósito - não se sabe ainda se junto do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR) ou do município de Beja. O local onde se encontra a necrópole será novamente coberto para que as obras possam avançar.

Do  velhinho e saudoso campo do Liceu, palco de tantas jogatanas de futebol nos "feriados" generosamente concedidos pelos nossos professores de então e que ainda foi casa do Clube Desportivo de Beja, quase nada resta. Na baliza a sul encontra-se um enorme edifício e  no espaço restante decorrem as escavações.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O (NOSSO) JÁ VELHO LICEU

Não resistimos à tentação de transcrever o texto escrito pelo nosso antigo colega e jornalista do “Diário do Alentejo, Francisco Pratas, publicado no dia 21 de Outubro de 2005.

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de cordel 

O (nosso) já velho Liceu



Um qualquer dia do mês de Junho do ano de 1937, foi inaugurado em Beja o Liceu Novo da cidade, como os mais adultos da população o denominavam.


E o Liceu Novo, era a menina dos olhos dos bejenses, tão surpresos estavam com a imponência da obra, coisa nunca vista por estas bandas, admitindo-se mesmo que tal só aconteceu por mor de um erro de localização do respectivo Ministério, que atribuiu o projecto para construção do supra dito estabelecimento à capital sul alentejana (a eterna esquecida), quando este, ao que parece, se destinava a uma importante cidade algarvia.


Se assim é, foi a primeira e última vez, já que é hábito, ao que parece, dos muitos governos que por aqui fizeram História esquecerem, quase sistematicamente, esta cidade, quando os ventos apontam algo de importante na valorização da urbe.


Agora, por exemplo, temos no ar a vaga promessa da construção de um aeroporto em local onde hoje se situa a Base Aérea 11, mas, estamos convictos, muita água correrá ainda debaixo das pontes, antes de descerem do céu, com armas e bagagens, aqueles que um dia, hão-de ser os primeiros passageiros a chegar a Beja por via aérea.


Mas voltemos ao Liceu de Beja, inaugurado que foi há 68 anos, quando eu, verdade se diga, ainda era muito menino.


Lembro-me, no entanto, embora de forma muito nebulosa, que no decurso das solenidades que assinalaram a inauguração da importante obra, estive ao colo de minha mãe, muito próximo das referidas instalações, que festa é festa, e que depois da “vinda do Rei a Beja”, nenhum outro figurão, até essa data (que eu saiba), se atrevera a cruzar as nossas frágeis fronteiras.


Agora toda a população parecia embasbacada com a presença do então Presidente da República, general Óscar fragoso Carmona, de que recordo um pouco o brilho dos seus galões. Que diabo, era um general e logo Presidente da República. Houve palmas e foguetes, como é da praxe, e certamente algumas resmas de papel foram esgotadas com escritos de inflamados discursos, que o fascismo e seus acólitos, já andavam por aqui a dar as primeiras passadas.


O facto é que Beja sentia-se orgulhosa daquela sua importante escola, “meta” superior de quantos completavam a primária e os familiares ainda dispunham de alguns meios que lhes permitiam, se o moço tivesse cabeça, avançar com a criança para estudos de maior folgo, que a passagem no exame de admissão aos liceus já estava garantida.


E aquele mundo, para os que ainda podiam atingir tal patamar, era outra coisa. Tudo ali era novidade, inclusive as classes sem discriminação de sexo, e a escapadela à imposta uniformização da farda da MP que começava a infiltrar-se no ensino básico das nossas escolas. Já no Liceu, pelo contrário, dávamo-nos mesmo ao luxo de substituir essa tão caricata “fardajola”, pela tradicional “capa e batina”. E mais: A vestimenta académica permitia até, a quem o usava, não só assistir a todas as solenidades, como ostentar prosápias de cultura, excessivamente enganosas…mas simpáticas!


Era assim o nosso velho Liceu, com a sua “Festa do Galo” de quatro em quatro anos; os seus renhidos jogos de futebol em campeonatos com a Académica (de Beja) a dar um ar de sua graça, e a malta na claque, expressando-lhe o seu entusiástico apoio, com o conhecido grito de guerra Efeerreá.


Coisas bonitas dos anos Quarenta, que animavam por esses recuados tempos, esta minha pequena cidade!

MARIA DE FÁTIMA MENDONÇA - POEMA

Todos os meus amigos do Núcleo de Lisboa já conheciam os dotes de poetisa e pintora da nossa colega e amiga, Maria de Fátima Mendonça.

Para mim foi uma agradável surpresa vê-la no passado dia 20, em Ervidel, terra onde viveu até ir para a cidade-grande, a apresentar o seu livro de poemas "Meu Alentejo-poema".

Foi um final de tarde muito agradável, onde, para além da poesia, não faltou a música através dos sons criados na viola-campaniça pelo Paulo Colaço que também deu a voz a alguns temas.

Aqui vos mostro um pequeno vídeo obtido através do meu IPod.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

ALMOÇO DE CONFRATERNIZAÇÃO-2011

Informaram-me hoje que o tradicional almoço de confraternização organizado pelo núcleo de Lisboa será no dia 14 de Maio, este ano na Casa do Alentejo. Fico a aguardar aconfirmação da notícia.